Ratinho Júnior: o nome discreto que pode surpreender
Governador reeleito do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior é visto como uma das promessas da centro-direita brasileira. À frente de um estado estratégico, vem sendo reconhecido por sua gestão voltada à infraestrutura, ao agronegócio e à inovação, com alta aprovação popular.
Seu partido, o PSD, mantém postura independente em relação à polarização Lula-Bolsonaro, o que pode favorecer alianças amplas. Até mesmo Lula, em entrevista recente, citou Ratinho como um dos quatro nomes viáveis da direita para disputar a presidência em 2026.
Seu desafio, contudo, está em se projetar nacionalmente. Fora da Região Sul, ainda é pouco conhecido, e precisará construir uma identidade nacional sem abrir mão do pragmatismo que o alçou à popularidade no Paraná.
A direita em disputa: Tarcísio, Caiado, Zema e o vácuo deixado por Bolsonaro
Com Jair Bolsonaro fora da disputa por determinação do TSE, a direita brasileira vive um momento de reorganização. Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, é considerado o herdeiro natural do bolsonarismo, mas já declarou que não será candidato. O cenário ainda é instável.
Outros nomes surgem, como Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Ambos tentam apresentar uma imagem de gestores moderados, mas enfrentam dificuldade para nacionalizar suas candidaturas.
E a esquerda? Lula lidera, mas sucessão segue em aberto
Apesar dos desafios econômicos e da pressão por reformas, Lula ainda lidera todos os cenários eleitorais em pesquisas recentes. Contudo, sua idade (79 anos em 2026) levanta dúvidas sobre a disposição para buscar novo mandato.
Se optar por não concorrer, nomes como Fernando Haddad (PT), Simone Tebet (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) devem disputar espaço como sucessores. Ainda assim, nenhum deles possui, até o momento, o mesmo capital eleitoral do atual presidente.
Outsiders e celebridades na corrida presidencial
Além dos políticos tradicionais, o cenário de 2026 já conta com o surgimento de outsiders. Pablo Marçal, influenciador evangélico, e Gusttavo Lima, cantor sertanejo, manifestaram interesse em disputar. Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro também aparecem em pesquisas como alternativas do bolsonarismo.
Essas figuras, apesar de populares, enfrentam o desafio de viabilizar candidaturas estruturadas, com apoio partidário e base eleitoral consolidada.
O que revelam as pesquisas mais recentes
Segundo levantamento da Quaest e da AtlasIntel (julho/2025), Lula lidera com cerca de 41% a 43% das intenções de voto no 1º turno. Tarcísio aparece como principal nome da direita, com até 15%, seguido por Michelle Bolsonaro, Ratinho Júnior e Caiado, oscilando entre 6% e 12%.
Importante destacar: 70% dos entrevistados afirmam estar abertos a candidaturas fora do eixo Lula-Bolsonaro, o que revela um forte desejo de renovação.
Reflexão final: ruptura ou continuidade?
2026 pode marcar o início de um novo ciclo político no Brasil. A polarização, embora ainda presente, não parece mais suficiente para garantir vitórias automáticas. Há uma janela de oportunidade para nomes moderados e gestões com resultados concretos.
Ratinho Júnior, nesse contexto, aparece como uma aposta de viabilidade: tem gestão bem avaliada, discurso ponderado e partido com força nacional. O tempo dirá se conseguirá transformar seu capital político regional em projeto nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário