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quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Lei Magnitsky e STF: como blindar salários e reduzir a dependência dos bancos privados?

Lei Magnitsky, bancos privados e o caso dos ministros do STF

A Lei Magnitsky, criada nos Estados Unidos para punir corrupção e violações de direitos humanos, pode parecer distante, mas se aplicada no Brasil poderia bagunçar a forma como o Estado lida com bancos privados e até afetar o pagamento de salários de ministros do STF.

A burocracia em xeque

Hoje, o Tesouro Nacional roda a folha de pagamento de todo o funcionalismo federal, incluindo juízes e ministros do STF, pelo Banco do Brasil. De lá, cada servidor pode transferir para qualquer outro banco via portabilidade. Ou seja, se um ministro quiser receber pelo Itaú, Santander ou Bradesco, ele pode — mesmo que o dinheiro saia primeiro de um banco público.

O problema da Lei Magnitsky

Se uma lei no estilo Magnitsky fosse aplicada no Brasil e algum banco privado fosse sancionado, a burocracia teria que impedir que os salários chegassem até lá. Isso cria um dilema: proteger a legalidade dos pagamentos ou respeitar o direito individual do servidor — neste caso, dos ministros do STF — de escolher onde receber.

Possíveis saídas

  • Concentrar nos bancos públicos: Determinar que todos os pagamentos de autoridades, incluindo ministros do STF, sejam feitos exclusivamente pelo Banco do Brasil ou Caixa.
  • Suspender a portabilidade: Proibir transferências de salários para bancos sancionados, evitando que dinheiro público vá parar em instituições problemáticas.
  • Decisão interna do STF: A própria Corte poderia determinar que seus ministros recebam apenas em bancos públicos, reduzindo risco de questionamentos jurídicos.
  • Sistema digital do Tesouro: Criar uma “carteira digital oficial” para todos os servidores, permitindo transferências apenas para bancos regulares.

O lado bom e o lado ruim

Pontos positivos: Maior controle sobre o fluxo de dinheiro público, proteção contra riscos de bloqueio internacional e fortalecimento das instituições financeiras estatais.
Pontos negativos: Menos liberdade para ministros escolherem seu banco, sobrecarga da Caixa e Banco do Brasil, e risco de questionamentos jurídicos sobre isonomia.

A Lei Magnitsky mostra como leis internacionais podem impactar a burocracia brasileira. Os ministros do STF seriam um caso emblemático: ou abrem mão da liberdade de escolher seu banco, ou o Estado arrisca descumprir a lei. Para o centro-direita, o ideal é proteger o dinheiro público, fortalecendo bancos estatais, mas mantendo liberdade máxima possível para servidores.

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