Independência do Brasil com bandeira americana: faz sentido?
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No 7 de setembro de 2025, durante o ato na Avenida Paulista, uma bandeira gigante dos Estados Unidos virou o símbolo mais comentado. Em pleno Dia da Independência, a escolha gerou risadas por um lado e críticas pesadas por outro — afinal, o que aquele pano estrangeiro estava dizendo?
O que aconteceu
Vários manifestantes levavam uma bandeira enorme dos EUA, além de cartazes em inglês e até fantasias do Tio Sam, mostrando como a cena ganhou um tom quase hollywoodiano. A imagem repercutiu tanto no Brasil quanto na imprensa internacional (New York Times, The Guardian, Le Monde, El País, Al Jazeera e outros veículos registraram o episódio).
Fonte: YouTube – Manifestantes expõem bandeira dos EUA em ato pró-Bolsonaro (7 de Setembro)
Repercussão e críticas
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Lindbergh Farias (PT) classificou o ato como “antinacional” e “inacreditável” em plena data da independência.
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O Diário do Centro do Mundo chamou a cena de “entreguismo explícito”.
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O Terra destacou que a presença da bandeira foi interpretada como reflexo da influência de Donald Trump sobre o bolsonarismo.
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Deputados do PSB e do PT pediram que a Polícia Federal investigasse se houve envolvimento externo na aquisição da bandeira.
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O pastor Silas Malafaia, organizador do ato, disse que vai proibir bandeiras americanas em manifestações futuras, chamando a cena de “absurdo”.
Possíveis significados (dois lados da moeda)
Viés de apoio:
Para simpatizantes, a bandeira dos EUA simboliza afinidade com ideais de Trump — conservadorismo, anticomunismo e força militar. Eduardo Bolsonaro chegou a dizer que era um “agradecimento ao presidente Trump”.
Viés de contradição:
Para críticos, levantar o símbolo de outro país em pleno Dia da Independência é um contrassenso, quase uma confissão de submissão cultural e política. O gesto foi visto como afronta à soberania e motivo de chacota nas redes.
Conclusão
A bandeira dos EUA na Avenida Paulista no 7 de setembro foi mais que um adereço: virou símbolo de disputa política. Para alguns, foi demonstração de alinhamento internacional; para outros, uma traição à ideia de independência. O episódio deixa claro como, no Brasil atual, até mesmo símbolos nacionais acabam atravessados pela polarização e pela influência de debates externos.
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